Prof. Augusto César

sexta-feira, 25 de março de 2011

ENTREVISTA

ENTREVISTA DO DEP. DISTRITAL WASNY DE ROURE AO JORNAL CORREIO DA FÉ 

1• O que o levou entrar vida para a política?

     Eu entendo que a política é um canal de defesa do interesse da população, principalmente quando é qualificada e feita com responsabilidade, foi isso que nos motivou a integrar o processo político, entendendo que é uma missão cristã como é a de um pregador no púlpito.

2• Quais são os seus projetos como político para a sociedade em geral?

    O nosso projeto principal e em particular como cristão, comprometido com a causa de Jesus Cristo é tornar o Estado mais próximo da sociedade em especial a marginalizada, a excluída, a sacrificada e deve merecer de nós a absoluta atenção, para isso as políticas pública, infra-estruturas dos equipamentos coletivos, acesso fácil aos benefícios e tratamento dos órgãos públicos de atendimento a população deve ser a nossa prioridade, consequentemente, a formulação de projetos de Lei, que está nesta mesma direção, deve ter o mesmo comportamento.

3• E para os evangélicos no geral; quais são?

     Para aqueles que têm bandeiras específicas aqui no Distrito Federal, é lutar para dar continuidade na regularização dos imóveis em definitivo de muitas Igrejas e em segundo lugar é apoiar os eventos evangélicos no âmbito político, entendendo que a Igreja deve manter-se a absoluta autonomia e a sua desvinculação do Estado. Os evangélicos têm posições claras aos projetos sociais, as temáticas morais como temos visto no congresso nacional, lutar pelos nossos direitos não como uma coorporação e sim pelos princípios de valores alicerçados nas escrituras sagradas.

4• Como conciliar política e religião, sendo ambos distintos entre si?

     Entendo que ambos não são distintos e existe interação clara, Jesus Cristo que vivenciou um cenário difícil, não foi ignorante e foi confundido até como um líder político, foi neste contexto que Ele testemunhou o seu compromisso com a Palavra de Deus e com a missão que havia recebido do Pai, portanto, a fé cristã tem muito a dizer a política, como também a política e o trato público tem muito a dizer a nós cristãos.

5• O senhor consegue se identificar com todas as denominações evangélicas?

     Eu me identifico com aqueles que confessam a Jesus Cristo como Senhor, crê no poder do Espírito Santo e entende que Deus é o nosso Pai criador. Compreendo e aceito essa diversidade evangélica, mas ela não pode sacrificar a unidade necessária que deve ser construída com base na Palavra de Deus e na ação do Espírito Santo.

6• Fazendo uma análise, como o senhor vê as igrejas, denominacionalmente falando, no Brasil e em especial no DF?

     Eu tenho uma análise muito crítica dessa diluição e que mostra certa fragilidade evangélica, porque se de um lado é importante a sua presença em todos os lugares, mas essa diversidade denominacional tem muitas versões e a verdade tem só uma versão e ela só é verdade porque é uma só. Acredito que as muitas denominações guardam as suas verdades básicas em seus entendimentos nas Escrituras, no entanto, muitas verdades são relativadas à uma cultura evangélica em que cada um se levanta, criando uma Igreja e uma denominação, eu penso que isso reflete essa fragilidade, da falta de humildade, de amor e nossa falta de compreensão que a Palavra de Deus é uma revelação do Espírito Santo e não simplesmente uma vontade do ser humano em Igreja com o nome “A” ou outra como o nome “B” e acaba dificultando a população em ter uma maior clareza e afetividade na fé cristã e na própria verdade absoluta das Escrituras Sagradas.

7• O senhor tem alguma frustração com relação aos evangélicos?

     Sim, principalmente aqueles líderes que tem “pisado na bola” na política, não podemos alíviar, porque Jesus é muito duro em relação ao pecado, isso não há reconciliação, os evangélicos repudiam essas práticas com o pecado e terá o mesmo tratamento do Pai, até que tenha o verdadeiro arrependimento e conversão.

8• No campo político, o senhor pretende galgar um degrau mais alto ou o senhor sente-se realizado?

     O projeto político a longo prazo está nas mãos de Deus, eu me sinto incapaz, estou no meu terceiro mês neste meu quinto mandato, então, temos que esperar um pouco, para os fatos ocorrerem com as suas definições no âmbito nacional e local. Acredito que eu já tenho uma parcela de contribuição em Brasília, sou daquele que valoriza bastante as novas iniciativas e nós evangélicos temos muito acúmulo e experiência para quem inicia na trajetória política.


Nome: Wasny Nackle de Roure
Natural: Goiânia Estado: Goiás
Morando no DF deste: 1959
É evangélico desde: 10 anos de idade Igreja: Batista do Lago Norte (Diácono)
Entrou para a política em: como parlamentar em 1990, sendo 04 (quatro) mandatos como Deputado Distrital e 01 (um) como Deputado Federal.

                                                                   Assessoria Parlamentar: Prof. Augusto Cesar

Política

Atrocidades dos EUA no Afeganistão

     A revista alemã Der Spiegel publicou hoje (22) fotografias que mostram abusos de soldados estadunidenses no Afeganistão. Nelas se vê militares junto de cadáveres, que poderiam ser de civis, como se tratam-se de troféus. Diante do escândalo, o exército estadunidense ofereceu desculpas “pelo sofrimento” causado.

     Este feito recordou as imagens das prisões iraquianas de Abu Ghraib, quando entre 2003 e 2006 se mostrou a forma com que alguns empreiteiros e membros da Agência Central de Inteligência abusaram dos prisioneiros enquanto lhe tiravam fotos.

Duas imagens publicadas, que segundo o semanário alemão as autoridades dos Estados Unidos haviam tratado de manter em segredo, parecem mostrar dois integrantes de uma unidade do exército que supostamente mataram a civis afegãos por diversão.

     Em uma delas, um suposto soldado com um cigarro na mão levanta a cabeça de um homem ensanguentado, que parece estar morto. Na segunda, outro suposto soldado sorri com o mesmo homem.

     Uma terceira foto mostra dois corpos, apoiados contra um poste.

     O comunicado do exército classificou as imagens como “repugnantes” e “contrarias a normas e valores do exército dos Estados Unidos”, pelo que “pedimos desculpas pela angústia que estas fotos causaram”.

     Assinalando que tais ações estão sob investigação e sujeitas aos procedimentos do conselho de guerra estadunidense.

     Der Spiegel disse que um dos soldados nas fotos é o cabo Jeremy Morlock, que enfrenta acusação de homicídio premeditado pela mortes de três afegãos.

    O outro é o soldado Andrew Holmes acusado de participar de um complô para executar um homem no Afeganistão em janeiro, registrou a revista.

     O plano, supostamente pensado pelo sargento Calvin Gibbs e por Morlock, implicou em disparar contra um civil e lançar granada de fabricação russa para que parecesse que era um combate contra inimigos. Em novembro, Holmes conseguiu uma suspensão temporária dos processos legais em relação aos cargos de assassinato, segundo seu advogado.

     Morlock é um dos cinco soldados acusados de assassinato no caso. Outros sete são acusados de tentar bloquear a investigação, consumir drogas e golpear gravemente a um companheiro em represália por informar a seus superiores.

     Der Spiegel assinalou que os militares estadunidenses trataram de impedir a publicação das fotos por temer a possibilidade de reação contra suas tropas no Afeganistão.

     "Der Spiegel publicou só três das 4 mil fotos e vídeos, só as necessárias para a história que queria ser contada aqui", afirma a revista.

     Estados Unidos, com quase dois terços dos 150 mil soldados estrangeiros que o ocupam o Afeganistão desde o final de 2001, têm recebido censuras frequentes por sua atuação contra civis.

     Fontes de direitos humanos em Kabul e da insurgência afegã denunciaram que não menos de uma cetena de civis foram mostos por bombardeios indiscriminados das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) este ano.

     Autoridades afegãs acusam a Otan de matar mais de 70 civis nas últimas semanas na província de Kunar, fronteira com o Paquistão.

quinta-feira, 17 de março de 2011

A Absoluta Importância do Motivo
Autor: A. W. Tozer

     A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo. Como a água não pode subir mais alto do que o nível, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ser mais elevada do que o motivo que inspira. Por esta razão, nenhum ato procedente de um motivo mau pode ser bom, ainda que algum bem pareça resultar dele. Toda a ação praticada por ira ou despeito, por exemplo, ver-se-á, afinal, que foi praticada a favor do inimigo e contra o reino de Deus.

     Infelizmente, a atividade religiosa possui tal natureza, que muito desse tipo de atividade pode ser realizado por motivos maus, como a raiva, a inveja, a vaidade e a avareza. Toda a atividade desse tipo é essencialmente má e como tal será avaliada no julgamento.

     Nesta relação de motivos como em muitas outras, os fariseus dão exemplos claros. Eles continuam sendo o mais triste fracasso religioso do mundo, não por causa do erro doutrinário, nem porque eram pessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos religiosos. Oravam, mas para serem ouvidos pelos homens, e, deste modo, o seu motivo arruinava as suas orações e as tornavam inúteis e, realmente más. Contribuíram para o serviço do templo, porém, às vezes, o faziam para escapar do seu dever para com os seus pais, e isso era um mal, um pecado. Os fariseus condenavam o pecado e se levantavam contra ele, quando o viam nos outros, mas o faziam motivados por sua justiça própria e por sua dureza de coração. Isso caracterizava tudo o que faziam. Suas atividades eram cercadas por aparências de santidade; e essas mesmas atividades, se fossem realizadas por motivos puros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fariseus estava na qualidade de seus motivos.

     Isso não é uma coisa insignificante - é o que podemos concluir do fato de que aqueles religiosos formais e ortodoxos continuaram em sua cegueira, até que finalmente crucificaram o Senhor da glória, sem qualquer noção da gravidade do seu crime.

     Atos religiosos praticados por motivos vis são duplamente maus - maus em si mesmos e maus por serem praticados em nome de Deus. Isto equivale em pecar em nome dAquele Ser que é impecável, a mentir em nome dAquele que não pode mentir e a odiar em nome dAquele cuja natureza é amor.

     Os crentes especialmente os mais ativos, freqüentemente devem separar um tempo para sondar a sua alma, a fim de certificarem-se dos seus motivos.

     Muito solo é cantado para exibição; muitos sermões são pregados para mostrar talento; muitas igrejas são fundadas como um insulto contra outra igreja. Mesmo a atividade missionária pode tornar-se competitiva, e a conquista de almas pode degenerar, tornando-se uma espécie de marketing eclesiástico para satisfazer a carne. Não esqueçam que os fariseus eram grandes missionários e rodavam o mar e a terra para fazer um converso.

     Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer diante de Deus, sempre que possível, com nossa Bíblia aberta em I Coríntios 13. Esta passagem, embora seja considerada uma das mais belas da Bíblia, é também uma das mais severas dentre as que se acham nas Escrituras Sagradas. O apóstolo toma o serviço religioso mais elevado e consigna à futilidade, se não for motivado pelo amor. Sem amor, profetas, mestres, oradores, filantropos e mártires são despedidos sem recompensas.

     Resumindo, podemos dizer que, aos olhos de Deus, somos julgados não tanto pelo que fazemos e sim por nosso motivos para fazê-lo. Não "o quê" mas "por quê" será a pergunta importante que ouviremos, quando nós, crentes, comparecermos no tribunal, a fim de prestarmos contas dos atos praticados enquanto estivemos no corpo.